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Nosso Ibira

Inaugurado em 21 de agosto de 1954 durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, o projeto do Parque do Ibirapuera foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, além do paisagista Augusto Teixeira Mendes.

 

O Parque do Ibirapuera é extremamente vasto, abriga diversas opções de lazer e possui uma rica agenda cultural. O público que o frequenta é bastante eclético, e a faixa etária bem ampla. A maneira com a qual cada frequentador se relaciona com o parque pode ser bem distinta, é um ambiente que promove um verdadeiro encontro de tribos.

 

Em meio a nossa selva de pedra, o “nosso ibira” chama atenção com projeto paisagístico realizado por Burle Marx, possui uma grande reserva composta de inúmeras espécies de fauna e flora. Em seu nome ele carrega a identidade brasileira. Ibirapuera significa árvore apodrecida em tupi-guarani. Antigamente naquela região alagadiça vivia uma tribo indígena. Seu reconhecimento já atingiu as fronteiras internacionais, agregando muita popularidade ao parque.

 

Vegetação implantada constituída de eucaliptal com sub-bosque, bosques heterogêneos, jardins, gramados e alamedas de alecrim-de-campinas, alfeneiro, bambu-chinês, chichá, falsa-figueira-benjamim, guariroba, ipê-roxo, jerivá e seafórtia.

 

Há conjuntos de carvalho-brasileiro, jaqueira, pínus e sete-capotes e exemplares isolados de espécies como figueira-de-bengala, pau-brasil, pau-ferro e tamareira-das-canárias. Num trecho do Córrego do Sapateiro há vegetação ribeirinha espontânea protegida por uma cerca. Foram registradas 494 espécies, das quais 16 estão ameaçadas como a cabreúva, o chichá e o pau-marfim.

 

São 218 espécies que dividem espaço com milhares de usuários, sendo 35 de borboletas, 10 de peixes, oito de répteis (cágados, tigres-d’água e serpentes), uma de anfíbio, mamíferos incluindo morcegos e gambá-de-orelha-preta e, 156 espécies de aves. No lago, colhereiro, cabeça-seca e marreca-parda já foram observados. Nos gramados, joão-de-barro, canário-da-terra e cardeais. Nos bosques, ouve-se a balburdia de papagaios, maracanãs e periquitos, e melodias de sabiás, que parecem competir com o ruído “urbano”.

 

É possível observar várias espécies de beija-flores, pica-paus, pombos silvestres e papa-moscas e representantes migratórios, que aqui chegam na primavera. Nesse período, araponga, sabiá-ferreiro e os anambés fazem “escala” rápida no parque e seguem viagem para áreas mais florestadas da cidade. A grande quantidade de aves atrai predadores como o gavião-de-cauda-curta, gavião-de-cabeça-cinza, gavião-miúdo, quiri-quiri, falcão-de-coleira e peregrino, além de corujas como mocho-diabo. O “martelar” das arapongas, sem dúvida, é o canto que mais chama atenção do público, formando uma legião de curiosos debaixo de seus poleiros. Também chama atenção a borboleta gema, pela mancha alaranjada sobre o fundo amarelo de suas asas.

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